quinta-feira, 30 de abril de 2009

Buka-no-mori Tokushima

Nas últimas semanas muito se discutiu, na Sundial Mailing List (SML), sobre o reloógio de sol no Buka-no-mori Park (bosque da cultura) em Tokushima, no Japão. O relógio está localizado em frente à Biblioteca da Prefeitura de Tokushima, dentro do parque.




Tokushima_prefectural_library.GPDifi1hGZSh.jpg



Sundial_bunkanomori_tokushima.U7aQixDwgDPK.jpg

Trata-se de um relógio vertical apontado para o Sul com um gnomon polar. De acordo com Gianni Ferrari, membro da SML, o centro do gnômon se encontra no ponto A (figura abaixo elaborada pelo Gianni); e, como o gnômon continua para além do disco, a parte BC pode funcionar como gnômon polar, com centro em B, para a parte posterior (face Norte), se as linhas horárias estiverem marcadas nesta face. Como não se encontrou uma foto da face posterior não é possível saber se ela apresenta as marcas necessárias ou não.



Sundial_bunkanomori_tokushima_F.SafzUUof8Ue3.jpg




Ainda segundo Gianni Ferrari, mesmo o gnômon BC sendo bastante curto, como parece ser o caso pela foto, e a face Norte iluminada apenas nas horas extremas do dia (5:30 às 8:00 e 16:00 às 18:30, aproximadamente) a sombra seria comprida o suficiente para atingir a superfície do disco.



Apenas a metade inferior do disco (6:00 às 18:00) é funcional. A parte superior apresenta as linhas horárias igualmente espaçadas que nunca são atingidas pela sombra projetada pelo gnômon. Aparentemente o projetista optou por manter um disco completo por questões de simetria e estética.



Conforme apontado por outros membros da SML - Chris Lusby Taylor, Fritz Stumpges e John Carmichael - a superfície polida de aço inoxidável dificulta muito uma visualização clara da sombra projetada. Contudo, é possível que os pontos que aparecem sobre a superfície sul - 3 para as horas cheias e 2 para cada 10 minutos - sirvam para facilitar a leitura em momentos onde o reflexo atrapalha. Os pontos que aparecem escuros na foto, fora da sombra projetada, podem ser apenas um problema relacionado ao ângulo no qual a foto foi tirada.



Chris Lusby Taylor levantou um ponto interessante: por que as linhas horárias não continuam na parte interior da superfície do cilindro, onde a sombra certamente seria mais nítida?



Quem sabe futuramente um turista interessado em relógios de sol não visite pessoalmente e local e possa fornecer mais detalhes ...